Na noite de quarta-feira, dia 11 de dezembro de 2013. os alunos do curso de design de moda do Istituto Europeo di Design – IED São Paulo – IED São Paulo, apresentaram um desfile de suas criações. Foram aproximadamente 135 peças em 70 looks femininos, unissex, masculino e infantil, desenvolvidos por 16 alunos.
De acordo com Debora Carammaschi, coordenadora do curso de design de moda, os alunos foram submetidos a duas avaliações para integrar o desfile. “Os 105 alunos que estão se formando em 2013 passaram pela comissão avaliadora composta por professores do IED. Destes, os que obtiveram nota superior a 8,5, foram submetidos a uma banca externa, para a qual trouxemos 14 profissionais do mercado fashion, para uma nova avaliação. Nesta segunda fase, 16 alunos se destacaram e vão mostrar suas criações no desfile”, explica a coordenadora.
Ainda segundo Debora, a proposta foi estimular a busca por novos materiais, texturas e shapes. “Boa parte dos trabalhos conseguiu implementar inovações. Veremos na passarela materiais como tubo de látex, latão, borracha, redes de pesca, neoprene e até fibra de vidro carbono. Os alunos trabalharam na pesquisa, concepção, processaram os materiais, as tramas, e o resultado é uma coleção com qualidade profissional e bastante conceitual, que pode ser a tendência para os próximos anos”, complementa.
Debora Carammaschi, explica que as criações foram livres, ou seja, não estão atreladas a alguma estação do ano, como ocorre no mercado. “Temos trabalhos muito interessantes, inspirados no Rio São Francisco, em que a designer faz uma releitura de tricô, renda filó, tingidas em degradê; nas tradições coreanas que revisita a arquitetura coreana e traz esses elementos para o vestuário; e, também, uma coleção inspirada na Carmem Miranda, que trouxe roupas com elementos do cotidiano, como calendário de pano e bebedouro de beija-flor como acessório do look”, conta. Dentre os principais materiais, os que mais chamaram a atenção foram o uso da borracha, corrente de bicicleta e fibra de vidro”, complementa Debora.
Já cada um dos 10 alunos do curso de joias e acessórios levou para o Apriti três joias da sua coleção. De acordo com Janiene Santos, coordenadora do curso, as peças apresentadas são atemporais, com diferentes estilos. “Temos uma coleção que homenageia o artista Van Gogh, outra faz referência às flores e curvas do cerrado brasileiro, além de uma linha desenvolvida com peças de um relógio”, comenta Janiene. “Em acessórios destacamos duas linhas de bolsas bem diferentes. Art Déco traz modelos clássicos e a Pop Art, confeccionada com lona de pet reciclado”, finaliza Janiene.
A direção geral do desfile foi da coordenadora do curso e contou com produção executiva de Wan Vieira, que há mais de dez anos desenvolve trabalhos nas principais semanas de moda do País, como Fashion Rio, Fashion Business e São Paulo Fashion Week.
Alguns destaques do desfile:
– Mariela Moreira exalta o homem antropocêntrico lidando com o emocional e o racional. As principais características são peças autorais em organza de seda, algodão cru, fibra de vidro e fibra de vidro carbono, tecido Double, couro cyber, voil. Estruturas em fio de cobre cozido e barbatanas.
– Roberta Lettiere inspirou-se no grotesco e as principais características de suas peças são a androgenia, desconstrução do tricô e do crochê. Peças feitas no moulage, sem croqui.
– Jéssica Perchiavalli teve como inspiração a influência da música no cérebro. Principais características: utilização de materiais como tubo de látex, latão e borracha.
– Anomalias e torturas sociais foram a inspiração de Carolina Lazari. Usando acrílico, couro e até corrente de bicicleta, procura causar desconforto tanto em quem veste quanto em quem vê a peça.
– A epifania sonora de Andressa Marguet mostra a relação entre o clássico e o eletrônico. Rendas, transparências, rede de pesca, tutu de ballet (mangas e saias) e bola de futebol americano fazem parte dos materiais utilizados.
– Juliana Roitman leva à passarela do Apriti a Art Nouveau em roupas de festa usando tricô e bordados. Peças sensuais sem vulgaridade, soltas e sofisticadas. Inclui vestidos, sutiã e sapato.
– Juliana Polý usa o arquétipo da mulher selvagem (sereias e guerreiras). Vai apresentar vestidos, maiô, saia, top, quase todas feitas com cordas para retratar a mulher e o mar.
– Priscila Lee Kim questiona “como será o futuro próximo?” com peças em 4D, utilizando-se de organza estruturada, lycra e crinol. A coleção é conceitual e traz um mix de festa e beachwear.
– Aline Perrenoud apresenta os conceitos zen do Budismo por meio dos seis reinos da evolução demonstradas em cores que vão do escuro ao claro, do mais fechado ao mais aberto. É uma linha masculina, esportiva e um dos materiais é o neoprene.
– Rafaela Bacchi se inspira em frutas e hortaliças para criar peças lúdicas que unem o clássico e o moderno e acabamento diferenciado. Peças infantis feitas em tecidos sintéticos e formas diferentes.