O primeiro Congresso Internacional Abit 2016, que ocorreu em São Paulo, nos dias 1 e 2 de junho, reuniu cerca de 400 empresários em discussões estratégicas para o setor e como os olhares do cenário global estão voltados para inovação, sustentabilidade, internacionalização, macrotendências, além das novas tecnologias, modelos de negócios e perfil do consumidor.
Mesmo com o cenário brasileiro incerto, para o presidente da Abit, (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Rafael Cervone, não há crise que dure para sempre, esse momento deve ser visto como oportunidade. Exemplo disso é o fato de que com o custo elevado, as pessoas deixam de adquirir eletrônicos e passam a comprar roupas. “Para um setor tão criativo, nenhuma ideia é perdida. Agora ao lado de cada um de vocês, tem alguém que está se preparando, pensando em como inovar, para este novo Brasil que virá”, afirma.
Um dos destaques do evento foi a apresentação de uma visão positiva, por parte da entidade sobre a indústria têxtil, que segue buscando fomentar o comércio exterior, que mesmo enfrentando há tempos a concorrência estrangeira tem expandido suas ações para além das fronteiras. O otimismo com as exportações foi ratificado pelo presidente da Apex-Brasil, David Barioni. “Apenas de janeiro a maio deste ano, a indústria têxtil já exportou cerca de R$ 650 milhões”, lembrou o executivo.
Com temas divididos em seis painéis, os palestrantes abordaram a importância do investimento em novas tecnologias que integrem os processos e minimizem os impactos ambientais, pois o futuro da indústria está diretamente atrelado as novas gerações, no qual o consumidor definirá o que será produzido, priorizando o que é customizado e politicamente correto. A internet influenciará todas essas mudanças, interligando as informações, de forma a beneficiar não só o cliente final, mas toda a cadeia têxtil.
Ainda no evento, foi lançado o livro “A quarta revolução industrial do setor têxtil e de confecção: a visão de futuro para 2030”, organizado por Flavio da Silveira Bruno, com a intenção de aproximar o Brasil da revolução industrial que já acontece em outros países. A obra une história e tecnologia por meio de imagens e vídeos disponíveis em QR Code, diferencial que facilita a compreensão dos leitores.
O evento foi realizado pela Abit, em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), por meio do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira).